Renova-te. Renasce em ti mesmo. Multiplica os teus olhos, para semeares tudo. Destrói os olhos que tiverem visto. Cria outros, para as visões verem mais. Multiplica-se os teus braços paras novas. Destrói os braços que tiverem semeado, Para se esquecerem de colher. Sê sempre o mesmo. Sempre outro. Mas sempre alto. Sempre longe. E dentro de tudo. …
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E agora, José?
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, Você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, Você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não …
O espanto
“O Grito” de Edvard Munch – 1893. Não Te Rendas Jamais Procura acrescentar um côvado à tua altura. Que o mundo está à míngua de valores e um homem de estatura justifica a existência de um milhão de pigmeus a navegar na rota previsível entre a impostura e a mesquinhez dos filisteus. Ergue-te desse oceano …