Renascer em si mesmo requer coragem e abertura ao novo. Requer fluidez no decurso da vida. A psicoterapia de orientação gestáltica pode contribuir significativamente para a retomada desse fluxo quando está interrompido e aparece por meio de alguns sintomas como ansiedade, tristeza, sensação de vazio ou paralisia diante das situações da vida.
Zygmunt Bauman refletindo sobre os laços humanos na contemporaneidade e no mundo das redes sociais… tempo de ter mais de 500 amigos. Ou não. Afinal, o que é amizade? Como vivemos os laços humanos atualmente? Do que sentimos falta no dia a dia? E por aí vão mil e uma perguntas que nos fazem pensar: aonde vamos parar?
O cotidiano contemporâneo evoca demasiadamente o sentido da visão e os outros sentidos passam despercebidos por nós. Algumas experiências podem promover um rasgo na realidade para ampliarmos nossa vivência no mundo.
Sábado passado foi um desses dias atípicos, em que houve esse rasgo no cotidiano. Tive a chance de visitar um lugar chamado Inhotim. Muitos já devem ter ouvido falar, mas para aqueles que ainda não ouviram nada a respeito, é um museu de arte contemporânea que fica ao lado de Belo Horizonte, no município de Brumadinho.
Foi uma experiência absolutamente sensorial. Um lugar de sonho, colorido, verde, cheio de toques, cheiros, sensações, frio na barriga e afetos. Os sentidos foram despertados trazendo junto afetos e possibilidades. E uma genuína abertura ao novo.
Essa experiência, aqui chamada de “rasgo na realidade”, assemelha-se ao que na Gestalt-terapia é conhecida como desvio. A experiência na clínica gestáltica convida o outro a ampliar os sentidos e as possibilidades por meio daquilo que o desvio provoca no consultante: algo que o atravessa, o afeta, o arrebata, o escapa por meio dos sentidos e de como o outro o desperta.
Raquel Guedes Pimentel.
Essa última foto, em especial, foi minha galeria favorita. Um sonho experimentá-la. Faço uso das palavras de Maria Helena Andrés ao descrevê-la internamente:
“Na instalação de Valeska Soares a música e a dança criavam um espaço de sonho. As figuras apareciam e desapareciam em um ritmo poético. Nessa dança virtual o visitante fazia parte do evento, ele se via nos espelhos e percorria a pista do cassino ali projetada como palco.” (Maria Helena Andrés)
Você já se sentiu assim, sem saber para onde ir, o que fazer ou como agir? O sentimento que o poema José exprime acomete frequentemente as pessoas no cotidiano. Algumas sentem-se sozinhas ou não conseguem com seus próprios recursos lidar com as situações novas, desafiadoras, delicadas ou complicadas que a vida de vez em quando apresenta. Perda de emprego, trabalho novo, mudança de cidade, de casa, de vida, novas escolhas, sentimento de paralisação diante da vida, ansiedade, perda de alguém, medo, falta de perspectivas… são algumas das possíveis situações ou sentimentos que a pergunta “E agora, José?” traz em sua essência.
A psicoterapia pode facilitar o processo da ampliação das formas de estar no mundo de cada um, bem como favorecer o fortalecimento e o desenvolvimento de recursos próprios que cada pessoa tem.
O Núcleo AMPLIAR oferece psicoterapia para pessoas de todas as idades. Informe-se por meio do link Contato.